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sábado, março 17, 2007

     Os carros vão passando e reduzindo a velocidade enquanto elas se oferecem. Não há vitrine com iluminação calculada e o estranho ar impessoal que circunda os produtos expostos numa vitrine. Se alguém calculou a intensidade das luzes dos postes, é bem provável que não estivesse interessado em vender pares de seios, pares de coxas e olhos carregados de maquiagem, muito carregados.
     Quando a porta se abre, vários cheiros parecem se engalfinhar aos berros pelo ar. Mas são repentinamente interrompidos por faixos de luzes vermelhas que ao girarem em sua órbita circular interrompem o devaneio.
     A gritaria do momento da abordagem não é novidade nessa parte da cidade, onde mais uma vez se misturam o dinheiro, o sexo, o interesse e a sobrevivência.


Continua...



El Gran Cucaracho

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