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segunda-feira, abril 30, 2012
LITOGRAFÍA
quinta-feira, abril 26, 2012
Ancares, onde o coraçom se volta verde leira
terça-feira, abril 24, 2012
Iluminismos
sexta-feira, abril 20, 2012
Sou de bo dente
rir-nos todos e mais rir-nos
Venha um trago companheiros
Se nom há pam... venha vinho”.
quinta-feira, abril 19, 2012
Santa Compaña
Chove en Santiago
meu doce amor
camelia branca do ar
brila entebrecida ao sol.
(Federico García Lorca)
Pastoreando recordos
coma se fose nos prados
pretendo buscar o infinito
rebuscando nos tempos pasados.
Sorpréndome facendo propaganda
coma se fose unha campaña
son tantos e tan variados
mais sempre se repite a compaña...
....Santa Compaña!
Montañas que parecen tocar ceo
regatos e ríos ben formados,
carballos e muíños ás beiras
a natureza é paixón en todos lados.
Os parques na florida primavera
e mesmo cemiterios visitando
pedras, cruces e cruceiros
con anxelicais voces entoando...
...Santa Compaña!
Outrora...
vexo días escuros, noites en branco,
todos os camiños van mollados,
con ollos húmidos por luceiros
sentimentos profundos, enturbados.
Miro pola fiestra
vexo a través dos cristais
polos que lento e (des)esperando
decorren recordos lacrimais...
...Santa Compaña!
E hoxe -aínda que segue chovendo-
en acto de "auto-consolatio" engado:
NUNCA CHOVEU QUE NON ESCAMPARA
N.B.2: Ás veces é mellor enterrar sentimentos ca pensar en Santas Compañas que xa non o son inda que o seu espectro siga existindo.
segunda-feira, abril 16, 2012
Le moral est bon, je poursuis le vol, Tout va bien
Abaneio triste dun regato probe
A forza do colectivo
Era pequena,
non entendía moi ben aquelo do colectivo.
Co tempo todo cobrou sentido:
era sentir.
Era forza.
Era loita.
Era suma.
Todo para liberármonos.
Como persoas, como pobo.
De soto del real
até Becerreá
estaremos aí
con todas as tintas posíbeis.
Coma mariñeiras valentes
que arrostran na tormenta.
Coma labregas que seguen
inda con dor de costas, a sachar.
Loitaremos
con ríos e montañas de tinta,
persistiremos.
E venceremos,
con aquelo do colectivo:
esa liña supraindividual
que nos fai existir en singular.
Velaí a forza do colectivo.
(Eis a minha resposta aos vosos comentarios. Obrigada!)
domingo, abril 15, 2012
VIVEREMOS ATÉ À MORTE
À Lisa, umha amiga que desmentiu Descartes
Sempre morr’algum vizinho
Mas aqui com mais frequência
Passa’o tránsito prenhado
De cadáveres ciscados.
Somos gente respeitosa
Coas pessoas que morrêrom
E cos corpos que deixárom,
Mas alguém repara’a sério
Na’ocorrência mais sangrante?
Nesta’estrada coa janeira
Fica sempr’um gato’à beira
Morto sempre sob as rodas
Quando’espanca contr'ò'asfalto;
Ratas há também algumhas
E mais pombas, sempre mortas,
Animais e bicharada,
Mas nom fica’o conto nisso.
As casinhas tenhem todas
Umha porta principal
E’a dous passos já na’estrada
Como gatos, pombas, ratas,
Passa’o tránsito veloz,
Nem s’importa de pessoas
Nem d'algumha bicharada:
Pode ter algumha pena
Polos muitos passamentos,
Mas nom deixa de passar.
Na manhám do dia d’ontem
Foi o corpo dum vizinho
Levantado da morada:
El’e’a sua companheira
Consumiam metadona,
E fugira dessa roda
Com sucesso por um tempo.
Lá fugimos sem paragem,
Gente junto’à bicharia!
Mas o tránsito nom pára
Porta’adentro’e porta’afora.
Gem’a vida nesta’estrada
Que parece, como’o bairro,
Semelhant’a muitas outras
Que poidamos ir morar
Entre terra'e mais estrelas.
sábado, abril 14, 2012
No desmembro eu, membrana sinovial
Do desmembro
fago-me eu agora
membrana sinovial:
a que envolve os tendons,
interpondo-se entre a pele e os ossos.
Sinto o
desmembro
da minha ialma
quer pelo pérfido poder
que cada dia mais nos desgoverna,
quer pelo amor,
essa força superior que decote nos engole.
Do desmembro
observei ingredientes
com muito suco, carnosos,
que ligam com a massa dos meus pretendidos versos.
Sinto o
desmembro
em min para partilhar com vós.
Cumprimentos pela invitaçom,
sem mais dilaçom remato esta minha apresentaçom.
PS: Verbas que debuxam gráficos (pretendido caligrama da minha volubilidade).
sexta-feira, abril 13, 2012
Sou verso livre
Fatum alinhado
ás musas do Helicom
na coordenada sentimental:
assim sai o meu verso.
Há ocasions nas que
soio sei expressar-me
com a poesia.
Sou verso-livre.
Vai já uns meses
que a correia do relógio
se soltava soa.
Era a conta atrás diante do meu olhar
que eu nom acertava a ver.
Só mirava a hora.
E o sinal voltou-se hoje facto.
Estou bem.
A minha maiêutica cara ti
volveu-me ao sitio.
Será duro, mais irei indo, pousada.
Agora mesmo de Orbazai á Crunha,
de Compostela a O Porto
de temperança morreria.
Eis to meson...
Eis a minha!
Sem correia, o relógio diz-me a-hora muito melhor.
Sem correia, o relógio diz-me a-hora muito mais.
O tempo passa em liberdade.
Cada um dono de si,
o relógio só das suas agulhas,
que dam voltas num círculo perfeito
mais que de picar-se doem.
Acairia-me bem como assinatura:
A interpretadora de sonhos interpretada.
(Cousas da vida)
quinta-feira, abril 12, 2012
X
quarta-feira, abril 11, 2012
"Habitamos desertos intransitábeis"
terça-feira, abril 10, 2012
Agora es libre na ágora
outros che darán
o que eu non din
e agardarás a outra beira
a que se reconoza un cara
cos ollos arregalados.
E desde o alto
coma un Deus solitário
eu mirarei o espectáculo
das olas que se rompen
contra as pedras.
Só eu fronte ao mar,
sabendo que outros barcos
de maior vela navegarán
calas iracundas.
Agora que non hai
que agardar nada
ti podes sentarte a outra beira
da ponte vella mentres a vella tece
cinza.
Agora es libre.