Areas onde a história se junta
homes a pescar na noite e estraperlistas
a sonhar todo quanto ves numha posguerra.
Areas, rio onde mil moços danzarom
e mil amores se entrelarom.
Jacuzzis das tuas pedras sempre encravadas
saltos da tua ponte suicidas
desejo e amor excitados e ocultos.
Bágoas dum neno dissimuladas
polas tuas augas lhos teus bidueiros.
E ao fim, sempre, esquecemento de ti
dona generossa que todo no-lo deches,
a tolemia lha calma, a sede lha fartura.
Areas sempre aguardando-me do exilio.
Ribeira ergueita e silenciossa,
amante fidel onde aprendimos
o que era viver de viagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário