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terça-feira, janeiro 26, 2010

Beati mundo corde: quoniam ipsi Deum videbunt

Quero escrever nesta noite
versos feitos em duas medidas
de auga e umhas notas de jazz.
Desejo compor no abrente
umha carta de amor sem resposta,
que percorra os oceanos da Terra
sem home nem mulher que a leia.
Vou escrever quem som eu
numha romança desesperada
que navega por sangue coalhada
na ferida da putrefacta miséria
dumha naçom mansa e cansa.
Mas pesam-me as derrotas.
Dói-me ser pequeno entre os ananos.
E confundo-me de sentir-me tam só.
O Humano nasceu para ser só, o ego nom.
Esquecim quem som eu,
renunciei a escrever.
E a soidade das bágoas
trouxo a fartura da paz
para poder ouvir no vento
NINGUÉM, NINGUÉM, NINGUÉM.
Nom ser eu,
para poder ser todos
e a todos compreender.

2 comentários:

Anônimo disse...

pugeches-te profundo, mas é necessário ser profundo e ir a raíz. Creio que abussamos da raçom e de querer compreede-lo todo... mas o comprensível no fondo é as veces um grao de areia no deserto.

Beati mundo corde: quoniam ipsi Deum videbunt

Anônimo disse...

Mas no transfondo do poema tes razón.