“Ler my people go”
- Oh deixa passar o meu povo,
deixa passar o meu povo-,
dizem.
E eu abro os olhos e já não posso durmir”, Noémia de Sousa: “Deixa passar meu povo”.
1.- Intróito
Quando o tempo era pedra
chegou o ferro com os celtas
e quando o ferro vivia nos castros
o ouro convocou aos romanos.
Um mundo melhor chamou polos suevos
e a cultura do árabe ouviu-se perto,
enquanto a malta tornou o latim em galego.
Tempo e pedra,
ferro e ouro,
galego e malta
e a língua doce do amor
e dos conos untados em manteiga
caiu sob a longa noite de Castela.
E fomos proscritos.
E o nosso canto apagou-se
quando a emigraçom nos apanhou
e a pobreza imposta cultivou
dentro de nós o verme preto do ódio...
e das bágoas da raiva cresceu a auto-xenreira.
A malta tornou-se massa
até hoje.
2.- A redençom da boa
Erguemos os olhos e a bandeira da identidade
em antigos sonhos de liberdade.
Berramos QUEREMOS SER GALEGOS!!!
É tempo da pedra e do ferro
na defesa do nosso único ouro:
passo ao galego!
“Ler my people go,
ler my people go, hóstia!”.
E a malta arrebolará com as nuvens do ódio
e trepará os traidores e apátridas
no inferno do silêncio.
Povo! Povo! Povo!
Que formosa é a nossa luita!
Traidores e conquistadores
um recadinho mais vos envio
atirando o ferro vivo da palavra
e a pedra certa da vitória:
DEIXADE CRESCER MEU POVO !
TRAIDORES,
DEIXADE MEU POVO CRESCER!
Um comentário:
o povo passa e medra, e mentres medra e passa vai deijando a cançom da malta na terra prenhada.
Medramos Garcia, passamos!
Umha aperta forte companheiro!
P.D. Temos que quedar a umha hora e tomar-lhe umha!
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