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sábado, abril 10, 2010

Números

Os números superponhem-se umha outra vez
sobre infinitas chairas de brancas nubens.
Vam pegando-se e formando a via lactea infinita,
arquivada pouco a pouco polo vagar inmenso das leis,
as mesmas que fendem testas e desnucam sonhos.

Umha longa e lonjana ringleira de números
alumea dia e noite no universo celeste do espaço-tempo
e detras dela eu, saco, ponho, comunico, corto, pego...
Arrecende a fume ceibo nas lonjanas chairas de seattle
arrecende a noite infinita e cans, pitas e coelhos sentenciados.

Nesta tarde extranha o aire ficou desamparado
no congelador do eterno devir que nunca para,
na última parada do río que nunca é o mesmo.
Por um vieiro extranha caminham aínda os mesmos.
Números, números, fume no chapapote chairego.

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