"Pinta sobre o marco da túa conciência
com sangue do carneiro que te emprenha", Jorge Pérez Árias
Deixade que os meninhos se acheguem a mim
para verem o lagarto pintado
que move o báculo
na saia de Carolina.
Ao passo de Atila esvaziam-se as ruas,
ensurdece-se sob a tiara a liberdade
que se domestica com porras
até que as conciências ficam nuas.
4 milhons voárom até a Berenguela
e do Botafumeiro sai um insuportável fedor
a medo, a grulheira, a mini-saia pastoral.
Todos os objectivos cumprírom-se.
Eu nom te esperei.
Nós nom te esperamos.
Autonomismo extrovertido e laicismo agresivo.
E o caralho, perdom báculo, é um pau.
Carolina se o pintou, fixo bem.
Na cona da velha nom manda ninguém.
Porque umha cousa é a liberade
e outra a libertinagem,
e este nosso Reino deles
é lugar em que os cegos
fam de Lazarilhos dos eivados.
Eu nom te espero.
Nós nom te esperamos.
Sabes bem, santo dos croques,
que o nosso reino nom é deste mundo
porque para nós o século XIX ainda nom rematou.
Nós esperamos contra toda esperança,
sem Quixote nem Sancho Panza,
república e socialismo para o século XXI.
Porque deus também é ateu.
Consumatum est.
Ergue o teu rodo,
porque rapazes
nen sequer o vento é noso.
Deixade que os meninhos se acheguem a mim
para verem o lagarto pintado
que move o báculo
na saia de Carolina.
Ao passo de Atila esvaziam-se as ruas,
ensurdece-se sob a tiara a liberdade
que se domestica com porras
até que as conciências ficam nuas.
4 milhons voárom até a Berenguela
e do Botafumeiro sai um insuportável fedor
a medo, a grulheira, a mini-saia pastoral.
Todos os objectivos cumprírom-se.
Eu nom te esperei.
Nós nom te esperamos.
Autonomismo extrovertido e laicismo agresivo.
E o caralho, perdom báculo, é um pau.
Carolina se o pintou, fixo bem.
Na cona da velha nom manda ninguém.
Porque umha cousa é a liberade
e outra a libertinagem,
e este nosso Reino deles
é lugar em que os cegos
fam de Lazarilhos dos eivados.
Eu nom te espero.
Nós nom te esperamos.
Sabes bem, santo dos croques,
que o nosso reino nom é deste mundo
porque para nós o século XIX ainda nom rematou.
Nós esperamos contra toda esperança,
sem Quixote nem Sancho Panza,
república e socialismo para o século XXI.
Porque deus também é ateu.
Consumatum est.
Ergue o teu rodo,
porque rapazes
nen sequer o vento é noso.
8 comentários:
Gústame a pintada...contradictoria pero con sentido.
Bicos!
Eu mais bem diria que é lógica a pintada. Ainda que deus existisse, nom o nego nem o afirmo porque nom tenho dados definitivos nem para umha cousa nem para a outra, seria ateu porque as religions dos humanos fôrom concebidas por grupos de pessoas que "inventárom" o seu deus, a sua teologia, as suas normas e a sua moral, entre outras muitas cousas. Entom, nengum desses "deuses" é real, apenas se trata dumha fabricaçom, dum produto humano coma a fouce que sai da zafra do ferreiro. É por todo isto, que podemos afirmar com toda a razom do mundo que "deus (de existir) é ateu". Umha aperta
Sodes un fato de laicistas anticlericais, carallo!. A vos era a quen se refería o bispo de Roma dende as alturas. Claro que él non sabía, pobriño, que vos non sodes españois...
Magnífica artellada a da mini-saia pintada. Parabéns
Nom é que seja lógica ou nom a pintada. O ilógico é que deus seja como ente diferente da mente ou o imaginário humano. Deus nom é máis que umha unicornio e o unicornio nom é máis possível que deus.
excepcional poema por certo!
Obrigado a todas e todos polos vossos parabéns, mas realmente nom fiquei muito satisfeito com o resultado, é um poema de circunstáncias, efémero pois, e que duvido que dentro dum tempinho se voltaramos a ele nos diga grande cousa. Por isso na poesia social o equilíbrio entre o compromisso e o literário é sempre tam difícil de atingir.
Umha aperta irmandinha a tod@s
Nem sequer o vento é noso....
A-MÉN!
Se calhar nom tem de ser mau (por força) que muitos dos poemas que levamos publicado cá se voltem "vazios"; se se tornarem "vazios" só será polo cámbio radical das circunstáncias... para bem, acho eu.
Se dizer os desejos ajuda a que se cumpram sem duvidar falo estas palavras: queira Deus (ou Cristo bento ou quem for) que todos os poemas que escrevi se tornem desfasados no menor tempo possível.
Uma vez clarificado isto encaminho parabens para o Garcia do Outeiro pola composiçom referida.
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