Como numha verbena rodeado de gente,
como numha feira sem gente,
só penetra no meu coraçom
o mais infame dos silêncios.
Já nom há carreiros nem estradas nas que consumir-se
rematou a verbena do hipermercado.
A única música é a dun pentagrama recortado
polas tessouras austeras que atesouram
os lucros dos novos faraóns.
Verde. Passado. Cinsento. Presente. Negro. Futuro.
Dinheiro. Gente. Petos. Maos espidas. Bágoas.
Escotes. Rúa. Barulho. Morte.
deuses. muros. carros. luxo.
Um comentário:
"...Tocaa outra vez, e outra, e outra..."
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