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sábado, dezembro 09, 2006

Tristes raízes reluzem no horizonte da vida,
zona de abandono e solidão
um espectro de amor.

Olho nosso filho e me dói a verdade da falta
Do leito ao desalento,
Estou só, eu e esta criança.

Não tenho colo para dar
nesse ninho desfeito

Restou apenas esse serzinho, chorando noite e dia, com fome de viver.

Não encontro palavras para ninar,
Mas abraço meu bebê,
e esqueço-me das cinzas de nosso amor.

Me refaço mãe,
E me protejo da mulher que sou,
a outra, um ser,
um objeto,
uma ferida,
uma felina.

Carolina

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