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domingo, dezembro 27, 2009
Liberdade dos Sonhos
Re-Moe
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Egolatrías VI
todas as felacións tiñan un motivo
ese cheiro que desprende o teu falo embriágame.
Cántaros de lume húmida
Cántaros de paixón tenue
vestida ou núa sempre en Clave de Sol
danza de negras e brancas,
un ritmo cambiante.
Herdómana de días ou anos.
Non importa.
O tempo xuntos non existe.
Só sensacións.
Lamer, lamer e lamer
a túa voz ignífero do meu ventre famento
Da vitoria foxen os meus anxos autodestrutivos.
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Resumo
Branco.
Vermelho.
Três cores para um coraçom
doído polo vermelho e o amarelo.
Quando ninguém entenda
as tuas palavras,
quando todos se mofem
do que és,
esquece a dor e voa
por cima das ignoráncia.
Ti apenas escreve,
ESCREVE! ESCREVE! ESCREVE!
Se queres saber quem som eu
esquece-te do que és
e pensa o que serias
ti sem língua nem sentimentos.
Narco-muinheira
- O poeta joga com as palavras
e cria jocosas narco-muinheiras
em compás de oito por seis,
romanças em cadente sostenuto.
- O poeta debuxa no ar sentimentos
e risca na areia versos fedentos
de sentido romantismo trasnoitado.
- O poeta cheira coma os xofres
e trasfega melodias mamado
com a ama mamada de olhos verdes.
- O poeta vai canso e sem esperança
pola infame carrilheira da vida,
só, berrando em silêncio
pena, pena, pena!
- O poeta sobe ao monte
por ver se topa a um semelhante
que entenda de onde é que vem tanta dor.
- A soidade, poeta companheiro
vem com as cegonhas de Paris,
a esperança e o humano
venhem desde o SUL em carromato.
- Poeta, para fazer bem o amor
“hay que venir al sur”.
As esperanças perdidas
Quando era umha criança pensava que a vida era um jogo mais dos que tinha eu na casa. Com os anos aprendim que no sistema capitalista a vida é umha competiçom em que ganham sempre os mesmos e em que os derrotados, as classes trabalhadoras, somos os seus joguetes. No socialismo o joguete vira-se mulher e vira-se home e a vida, quiçais, tam só quiçais, poda volver a ser um simples divertimento porque só umha vida saboreada em liberdade por um próprio merece ser jogada.
AS ESPERANÇAS PERDIDAS: a tragédia.
[Personages: Fingidor, Coro e ti].
[Tempo: o do pós-modernismo oco, o da ignoráncia feita ciência, o do narcisismo extremo, o do pseudo-progresso como ciência, o do fim da história, o da globalizaçom ultraliberal...].
[Espaço: umha taberna ou furancho feita numha antiga corte, onde um moço com boina vomita continuadamente umha mistura de bile e vinho. O Fengidor vestido com mono azul cheio de graxa, com um martelo e umha fouce ou com umha rosa e um fussil, sai a cena e a luz vai esmorecendo. O público escuita risos de lata in crescendo e sombras de corvo projectam-se no teito. O coro tem voz de mulher e no último verso o leitor ordenara-lhe à banda municipal de música que comece outra tocata “entre flores, fandanguillo y alegria”... ao fundo arde a universidade pública e as cisternas dos camponeses carregadas de leite nom dam feito para apagar a morte da Ilustraçom e do seu “Sapere aude”].
[FINGIDOR] – Derrota, chamam-te assi meu amor,
nom tés pais, só filhos: os raros, os tolos, os ninguéns e os miseráveis:
e o meu nome perde-se no murmurar das polas.
Fico só, na cidade, coma a folha mexida polo ar.
Só,
sem desejo nem vontade dum SOS.
Só,
com o coraçom enxuito de sangue
mas encorado de bágoas
e ancorado na infámia. Saudade.
SAUDADE. SÓ. SAUDADE. SOS. SÓ.
Canso.
Canso coma o boi que abandona à noite a nabeira.
Só,
vencido e, coma sempre, derrotado.
[CORO] – Galiza,
é difícil ser teu filho.
Derrota,
é difícil ser teu amante.
Esperança,
“nom sei quando nos veremos”.
[Fingidor] – E na flor da minha vida
ecoam já em alegre andante
os meus sonhos, a minha voz
e a minha adorada Galiza derrotada.
Eu, Galiza, cativa e desarmada
a minha eterna utopia,
proponho um brinde:
[TODOS] – polas esperanças perdidas.
Outeiro, Santa Cruz de Viana, Nadal 2009.
SIC TRANSIT GLORIA MUNDI
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Quo vadis?
cheo de ovelhas comestas polos lobos...
Hai lobo lobito bueno vai pola escopeta,
que che pego um tiro.
Viram para nós carnizas
entre os arrincados olivos
nas terras perdidas dos velhos validos.
Virám farturas, viram verdades.
Como andaremos ergueitos
com as cruzes no lombo e,
a dignidade nos peitos.
Como, como e como comeremos ó medo.
Como sairemos á luz da caverna.
Abraza-me, mira-me, acompanha-me
um pouco máis antes de que comezem
a golpear pantasmas as tuberias do edificio,
velho, que está a ponto de caer.
Onde mirarei á hora da fim deste film?
Onde iram os sonhos e onde quedarei eu?
terça-feira, dezembro 01, 2009
Sonhos

bailam num cérebro durmido.
Vivenças, impressons, caminho.
Palavras novas e velhas
futuro e esperança;
silêncio, noite, medo,
sono com sono de sono.
Sonhamos na escuridade,
sonhamos na intimidade.
No mundo da fantasia
eu quero sonhar esperto.
Sonhar coma utopia.
Aprendamos os dous a sonhar
e conhecermos a humanidade,
o mundo real e a verdade.
E a utopia fará-nos nossos e livres.