Floresceu o sol sobre o cemento
já cantam os coches entre ás rúas
e as persoas saem, monotonía,
á conquista das rúas prenhadas.
Para nós a rúa com fochancos.
Caraveis para a cidade, kyrie eleison,
um manto de caraveis para a súa entranha
da que bulem com o fume cara o ceu
poemas sonhados jamais sonoriçados.
Para nós a rúa com fochancos.
Deve ser primavera,
As paijons de champions league
espreguiçam á sangue dos parados.
Ringleiras longas de números
peóns no paso á outra vida.
Para nós a rúa con fochancos.
Para nós a rúa com fochancos
para nós o cheiro a caraveis
anunciando um final sereio
ou umha morte sola, ailhados.
Para nós nada, para vós todo.
Um comentário:
Para nós o público, a defesa do espaço da res pública, a instáncia onde avança o conhecimento através do diálogo e o intercámbio de ideias.
Para eles, o privi legium, a lei privada. Para eles o presente, para nós o futuro.
Postar um comentário