"...Non chores máis xa non chores non…
Non chores mais , salgueiro probe,
ti non tes culpa da miña dor..."
Non chores mais , salgueiro probe,
ti non tes culpa da miña dor..."
Andrés do Barro, Salgueiro.
Folha do salgueiro não chores máis,
esta noite
o vento é para quem o respira
e no nosso coração afogado
abaneam as bagoas derramadas.
Não chores que ti, salgueiro,
não tes culpa da nossa dor.
É o horiçonte prenhado
o mar revolto,
o silêncio cómplice,
Salgueiro.
Som-o, os culpáveis.
Treguas de retrincos,
Frechas de agonía e ira
para o poço das entranhas,
Horas malditas que nom soubemos
aprobeitar.
Não salgueiro, nom chores ti,
fomos nós:
As nuvéns, a mareia e os beiços fechados.
Não chores,
somos nós Salgueiro
os que nunca deixaremos,
de chorar.
Um comentário:
Fermoso.
Postar um comentário