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terça-feira, maio 31, 2011

Mijam por nós e querem-nos dizer que chove

A Macuzinha, porque do doce e mol do seu coraçom sai o trevom da força do meu peito.

http://estaticos.20minutos.es/img/2006/03/06/370434.jpg
Tebras.
Verbas fundas que ferem como o arame de espinhos
erguido em cilício na catedral da opresom e da dor.

Sons.
Cores espidas que jogam os sentimentos à poça do narcisismo
enclaustrado no mosteiro da carragem espúrea e alheia.

Números.
Días cinsentos e velhos que nos lembram desde o bafo da fiestra
vital em que nos espelhamos o pouco que nos fica por viver...
ainda que outros nom queiram que vivamos.

Mijam por nós e querem-nos dizer que chove.
Da mansedume à autoorganizaçom.
Da indignaçom à rebeliom.

SETE CANTIGAS DE LUZ
PARA UMHA HUMANIDADE DESESPERANÇADA.

2 comentários:

Heutor disse...

Genial, mano. Isto vai muito a modo, mas tenhamos "fé" nas condiçons materiais e na nossa (pouca, mas estratégica) capacidade promotora. Se calhar afinal há diálogo poético neste blogue :P, digo-o polo tom existencialista que parece andar por aí. Bom, já se sabe, muita calma, que nom estamos feitos à lógica de processo (eu ao menos estou mais cómodo na lógica estática e fotográfica dumha só instantánea) e as cousas cambiantes dam muitas surpresas. Abraços e até à noite

Anônimo disse...

"Sons.
Cores espidas que jogam os sentimentos à poça do narcisismo
enclaustrado no mosteiro da carragem espúrea e alheia."

Preciosos versos. Transpórtante ao mesmo comezo da carraxe.

Ramón R. Nogueira