Eu, caminhando só pola corrente da inmensidade,
Escuitando tufos ao futuro dos nossos netos.
Eu, sonhando com ser auga e sonhando com ser vento,
Desfacendo caminhos e velhas amizades só mente
por levar a contraria a corrente que me empurra
nun sentido unidirecional que nom entendo,
Que nom quero entender nim tampouco atender
ás urgencias dos seus estómagos cheos pero aínda así..
famentos.
Eu, agardando a ostia cada día que vos vejo,
miserables coidadores do máis baixo cortelho
no que se cebam as calamidades de velhas caixas
abertas sem reparos a imensidade dos acentos.
Eu, escuitando e vendo os naufraxios em cada badalada,
em cada hora de cada día desejando liberar-me.
Eu, encerrado em min mesmo,
no bucle sem saída deste nosso tempo.
Inspirado em cárcere sem cadeias
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