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terça-feira, setembro 29, 2009

Garabatos

Estacas com arume e pinhas
mexem-se na corda do vento
num invernal baile de salom vienês.
Pinheiros. Vara verde extrapolada
das montanhas aos bacelos,
fungueiros e estadulhos sempre vivos.
Guizos. Garabatos.
Verde. Verde esperança.
Corpo. Corpo cansado.
Cabeça. Cabeça quadrada.
E o que sinto, penso e creio
som, para a maioria, garabatos.
Bailemos um vals,
ou dous se som pequenos
e plantemos um pinheiro
nas hortas da tribo urbana
dos engravatados “pollitos bien”.
O leite, as vacas, as estrelas
os rios e o sol
os gandeiros e as leiras
para ti senhor.
Senhor banco benefactor,
senhor Estado espanhol dador de vida
centralismo todopoderoso
e com isto da movida,
re-movida
hai-che muito Pepé
yes-yes;
aqui nom passa nada,
a liga está ganada.
Baby Espanha
sayonara, sayonara!
Wellcome to Galiza
dumping, Prestige e mariuana.
Garabatos, garabatos,
muitos maragatos;
eucaliptos, eucaliptos,
muitos eucaliptos:
o sacho para os pobres,
os quartos para os ricos.

Um comentário:

Anônimo disse...

"...
O esquelete dun rico/
val por tres esqueletes/
dises homes sinxelos que cobrán os sabados/ un xornal resuado de sonhos i esperanzas."
"/Aos herdeiros dos soberbios mandaremoslles os osos/ dos seus devanceiros pra que os cotizen na bolsa/ cos nitratos, cos ferros, co carbón e o cobre, / i esí poidan vivir, coma sempre, de rendas."

Celso Emilio Ferreiro
"Cimenterio de cidá" de Longa noite de pedra.