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quinta-feira, dezembro 03, 2009

Quo vadis?

Como sobrevivirei a este mundo
cheo de ovelhas comestas polos lobos...
Hai lobo lobito bueno vai pola escopeta,
que che pego um tiro.

Viram para nós carnizas
entre os arrincados olivos
nas terras perdidas dos velhos validos.
Virám farturas, viram verdades.

Como andaremos ergueitos
com as cruzes no lombo e,
a dignidade nos peitos.
Como, como e como comeremos ó medo.
Como sairemos á luz da caverna.

Abraza-me, mira-me, acompanha-me
um pouco máis antes de que comezem
a golpear pantasmas as tuberias do edificio,
velho, que está a ponto de caer.

Onde mirarei á hora da fim deste film?
Onde iram os sonhos e onde quedarei eu?

2 comentários:

AFP disse...

Ultimamente estás mui inspirado. Aguardo que outros podam ver essas verdades e essas farturas, ideológicas e de formaçom sobretodo, de que falas. Nós por enquanto com a dignidade nos petos e força da conviçom nos beiços.

As duas últimas estrofes som, simplesmente geneiais ecoando a um superrealismo mui trabalhado. Eu tamém me pergunto quando sejamos mais velhos, se lá chegamos, se nom acabaremos cansos da luita e dum esforço ao que por vezes, ou quase sempre, nom lhe vemos nem recompensa nem que serva para mudar o estado das cousas... onde irám os sonhos que agora arelamos e onde ficaremos nós? Talvez S.O.S, no pailebote manoelantoniano. Ao menos aguardo que nom seja um pailebote fantasma e que lá ainda poda enxergar bons e generosos companheiros deste tempo.

Umha aperta irmandinha

Bolboreteira disse...

Fermosos versos!
Gracias pola visita pasarei a leerte.
Bicos!