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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Narco-muinheira

Narco-muinheira em descordo.

- O poeta joga com as palavras
e cria jocosas narco-muinheiras
em compás de oito por seis,
romanças em cadente sostenuto.

- O poeta debuxa no ar sentimentos
e risca na areia versos fedentos
de sentido romantismo trasnoitado.

- O poeta cheira coma os xofres
e trasfega melodias mamado
com a ama mamada de olhos verdes.

- O poeta vai canso e sem esperança
pola infame carrilheira da vida,
só, berrando em silêncio
pena, pena, pena!

- O poeta sobe ao monte
por ver se topa a um semelhante
que entenda de onde é que vem tanta dor.

- A soidade, poeta companheiro
vem com as cegonhas de Paris,
a esperança e o humano
venhem desde o SUL em carromato.

- Poeta, para fazer bem o amor
“hay que venir al sur”.

3 comentários:

Anônimo disse...

o poeta, companheiro, e a esperança que flota tal madeira desde o fondo marinho máis fondo. A soidade camarada das barras e dos sonhos e o anceio dos sonhos e das centelhas.

Umha aperta através da manhá fría e molhada compostelana!

P.D. Hoje estivem almorçando-lhe um zume de laranja em Filologia, caralhudo!! xDDD

AFP disse...

E logo como estiveches hoje pola manhá em filologia? podias avisar polo menos nom? A ver logo se nos vemos hoje polo político-social. Umha aperta irmandinha

Anônimo disse...

Se querias que te espertara... passava por alí e parei a almorçar que os preços som moito máis económicos! Seriam sobre as 8:30 quando fum xD
nom sei se sairei que ando meio escaralhado...