Agora’as palavras deixárom-m’inerme
Perant’o planeta’em que vivo,
Agora que som estrangeiro no mundo.
Nom ouço clarins nem timbais vitoriosos
Depois da contenda final,
Os nossos previstos entrárom em crise.
Agora’arrepios agromam ao quente
(A voz escapou-nos do peito)
Agora’os glaciares invadem desertos.
Já rincham os ferros de todas as portas
Depois do silêncio da’orquestra,
Cantares de mudos, sol-pores de cegos.
Agora’um comboio sem luzes, só’estrondo,
Oprim’o caminho de ferro
Agora sentimo-lo’a rente de nós.
Sentimos salgada’essa brêtema fria
Depois de cingir-nos no mar
Levando-nos sempre pra’acima no rio.
Agora’apodrecem algumhas ideias
Que tinham em nós agromado,
Agora’as serpentes mudamos camisa
E todos os cans ficaremos sem trela.
O MUNDO QUE VEM NOM É NOSSO,
As cousas som novas, perdêrom o nome.
O MUNDO QUE VEM NOM É NOSSO,
Os velhos pecados morrêrom no’Olvido.
O MUNDO QUE VEM NOM É NOSSO,
Ninguém sabe nada de tais bosques virgens.
O MUNDO QUE VEM... É DEPOIS.
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