Nós os perdedores de hoxe,
para os que o perderon e deron todo.
Nós os derrotados
a terra queimada de carthago
os portadores da caixa
os reconstructores.
Nós unicamente os violentos
Hóstia hóstia hóstia
nos fucinhos e as costas.
Quen somos nós
Os saqueadores
Os terroristas
Os Bin Ladem
Os asasinados.
Os mortos vivos
para os nosos mortos
a-sa-si-na-dos.
Deixados e abandonados
nós sós, noite sempre nosa
cunetas enteiras de homes
son as nosas coitas.
Violencia
paro
violencia
explotados
violencia
desahuciados.
Quen somos nós
nós somos a intifada
o terrorista, o criminal,
o asasino asasinado.
Os violentos aos que eles matan.
Os violentos aos que eles matan.
Nós somos a categoria
na que o sistema nos ten
CA-TE-GO-RI-ZA-DOS.
3 comentários:
Boíssimo o poema, embora a nova fonte de letra é um bocadinho borrosa e fanagosa para a leitura e já o comprovei desde vários computadores. Umha aperta irmao
As categorias fodem-nos avondo, sobretodo quando viram falácias. Podemos estar tam feitos a ouvir um mantra como "os x sodes y" que parece por vezes que nom somos capazes de desmentir o que nom é senom mentira. Quantos aceitariam o que de facto nom som para chegar a sê-lo por simples renúncia à sua luita? Quantos homens e mulheres virárom machistas por causa de falsas categorias? Muitos chamam a isso profecia autocumprida, eu chamo-lhe umha foda dde caralho.
A manía de categorizar todo, de por etiquetas, canto dano fixo e fai! A resposta aos que nos categorizan é categorizalos a eles: IM-BÉ-CI-LES, cando o fan por ignorancia, e CRI-MI-NAIS, cando é por mala intención.
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