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domingo, julho 17, 2011

Ave Caesar


Ave, Caesar, morituri te salutant 

Odeia-me com essa carragem indiferente
Faz-me bonecos budú e arrastra-me
É possivel que a fim e ao cabo nos comam
a todos os no nicho os vermes.
Odeia-me sem paixom
Faz-me da minha pel bombos e tambores
Des-pelexa todo canto digo
antes ou despois importará
que terás raçom. Has ganhar.

2 comentários:

AFP disse...

Mais uma grande publicação irmão, estilando a inquedança da vida e a presença sempre activa, como lousa insuportável, da morte em nós e nos que nos rodeiam. Abraço

Heutor disse...

Este poema ainda nom o publicaras no Desmembro? Pois eu já o lera... seria no teu blogue, mas contodo parece que passas umha boa época a nível lírico, senhor. Vejo (mas uso óculos) nas tuas palavras umha referência à lógica do mais forte, tendo a força um senso amplo: na luta os contendentes som iguais até chegar-lhes a vitória e a derrota... pois afinal um deles ganhará e terá a razom, apoiado pola história institucional e o outro será, a certo nível, o paradigma dos disidentes (queiram estes ou nom). Cumprimentos