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sexta-feira, agosto 19, 2011

Fazer-lhe as janelas

Agora podemos fazer-lhe janelas
agora que a noite se estira
e as estalactitas escurecem
as nove da manhá, no moredo.

Mentres o labrego dorme
podesmos romper-lhe as paredes
a este palheiro recheo do grao
levado do demo.
Naquel pacto decorosso
naquela barca com o home.

Agora que o sabemos,
podemos fazer-lhe as janelas.

2 comentários:

Heutor disse...

A verdade, ermám Jorge, é que após publicar a "resposta" começo a pensar que despercebim parte do conteúdo tua composiçom... e é umha mágoa, pois é umha oportunidade que perdim para continuar aquilo que nom percebim e que resulta ser (depois dumha última leitura) de grande beleza. Em resumo, tivem se calhar pouco tacto, mas falando é que se entende (ou o tenta) o ser humano. Abraços

Heutor disse...

Por certo, estou a ler algo de Curros e é agora que me dou conta da louvança que me botastes o outro dia XD. Se algum dia chegara a ter a personalidade poética de Curros Enríquez, estaria mais do que contente... se calhar com tempo e com trabalho consiga ter algum carácter criativo mais definido, mas nisso (sem inveja nengumha) vais-me ganhando.