Aos iluminados: muitos, bos e generosos*
Confiemos en purificarmo-nos
na noite de Sam Joam
saltando a lumieira dos sonhos
e inda que desmaiados no salto
havemos chegar á outra beira
onde sempre ham esperar
uns olhos que miram,
umhas mans que se tendem.
E pecharemos os paraugas baixo a chuva
querendo que a iauga
esbare pel adiante,
-até a punta das dedas,
de cabo a rabo-
pra facérmonos sentir que inda somos
malia os trens descarrilados
e os metros desarticulados.
Porque as torres parisinas
tambén se erguem nas ribeiras
onde os regatos vam caminho de fazer-se rios,
nos caminhos onde os codesos
se fam alfombra floral,
nas noites nas que o lume se fai novo
e os homens um bocado máis velhos.
*E hoje deu-me pelo masculino genérico
N.B.: http://centros.edu.aytolacoruna.es/sfxabier/xoan.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário