"No meio do caminho tinha uma pedra"
Carlos Drummond de Andrade
Esqueces as lembranças
e resignas-te a viver sem memoria,
Olvidas mas ves a cortadela
falando sobre as mãos com ledícia.
Quantas noites des-tecidas num soio instante,
Quantas silvas cravadas sem sustáncia,
Como perdoar ao vizinho quando o miras?
Pinta sobre o marco da túa conciência
com sangue do carneiro que te emprenha.
Cima de Vila, 24 de Outubro de 2010.
3 comentários:
Genial, gostei imenso deste poema: "Pinta sobre o marco da tua conciência/ com sangue do carneiro que te emprenha".
Parece ser que esquecer está de moda.
Gostei, gostei moito.
Puf, Jorge, fantástico.
Os dous últimos versos teñen moitísima forza.
Parabens
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