Pesquisar este blog

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

A estaca-vara


I.
Era noite, o caminho estava espúreo
Quiçais a noite era limpa e clara,
Geladas ardentes sem pausa a secavam.

II.
Berros fondos chegavam ao silenço
Mas os ouvidos não ouviam nada
Berros fondos a golpes o afogavam.

III.
Era um ser sem ser. Esencia emser.
E ao fim chegou, escuro, com estar estava
Na limpa e clara, dês-cafeinada,
No brilho matinal da madrugada
Na hora dos toupos e a auga.
Estava ali, de pé, já nom sonhava
Com poesia, palavras, ânsia.
Era dono do seu destino,
O patrón da súa barca...
Tinha na súa mão umha estaca
Tinha no peto umha bala 
Tinha inferno, tinha odio.
Mirava mirava mirava...
Já nom tinha, nada.

Nenhum comentário: