"¡Juego mi vida!
!Bien poco valía!
¡La llevo perdida
Sin remedio!
Juego mi vida, cambio mi vida
de todos modos...
la llevo perdida."
León de Greiff(1)
Jogo a minha vida
Coma se joga-la não doe-se
E regalo-lhe ao mundo
Umha moeda mais
De latom
no flujo circular da renda.
Vou-na levando, regalandoa,
A preço de saldo
E invento cantigas
De adolescente
Para namorar a umha dama.
Excuso-me, rejeito-me, dês-fago-me
Re-invento-me
No tapete escuro da noite
Que a Cima de Vila ergueita
Reclama.
Jogo a minha vida
Como se joga-la não doe-se
Regalo-lhe ao mundo
Um novo cravo.
Tiro-a póla ribeira lonjana e perta
Que eu não entendo
Que os meus alisados cadrís de coro
Não atendem.
Ponho-a a disposiçom da loba
da sua espada sempre sedenta
e dou-ne sem pedir nada
nem tam sequer um bico de boas noites.
Vou-na dando extranha
vou-na trazendo d'umha leira
"autra"
ela já não é minha,
a minha vida já não é minha.
Jogo a minha vida
Coma se joga-la não doe-se
E regalo-lhe ao mundo
Umha moeda mais
De latom
no flujo circular da renda.
(1) Recoménda-se encarecidamente a aqueles que nom conhezem a composiçom de León de Greiff a leiam.
2 comentários:
desapego.
Dixem-che Jorge que tinha de lê-lo mais umha vez. Parece-me, feita a seguda leitura, totalmente enorme. Falei deste tema co Garcia nom hai muito: sujeitos objectivados e objectos subjectivados, drama vastíssimo no que vivemos imersos conhecido por alguns como alienaçom. Grandíssimo o tema e umha composiçom à sua medida. Obrigado, ó Jorge, por trazer cá esta ideia, pois falá-la alivia a dor que produz (a todos nos, acho eu).
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