Está esta soidade inmunda
a partir-me
em dous
o cam nom ladra, a estrada mira ausente
os ceos de Cima de Vila
nom querem
dizer nada.
Quem preguntara por min
quando a terra
fale calada
e o estreito que agarda
separando norte
e sur
se estreite cada vez mais
ata lambernos
a suor.
Verás amor que
nom ficam autoestradas
só caminhos de terra e po,
cabalos que
agalhoupam
rosas no meu coraçom,
palavras penduras dalgum outro patim.
Fomos nós, que vivemos
acima das nossas possibilidades.
2 comentários:
Muito bom poema jogando com um elemento externo e aprofundando coma sempre no muito necessário homanismo desde a poesia. Apertas
E o outro gajo, no cadeirom, nom acertava a dizer mais do que "piegas, piegas". Manda caralho, nem argumentos som necessários já!!!
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