Esta poesía é para nós
que estamos aqui isolados
baixo o teito de madeira de Pena Moa,
Essa Pena Moa eterna
que somos todos na Galiza deste tempo.
Na do poeta marinheiro e na do labrego,
na do urbanita e na do Senlleiro.
É para nós que somos condenados
cada dia polo silêncio
do espaço e do tempo.
Nós que tiramos pedras aos monstros
de traje gris ciumento.
Que temos ainda os sonhos por descobrir,
Por pór em potencia.
Filhos da neve e da secura da ribeira
Netos do sacho e do arado
Desertores da play station.
Nós propietários para pagar
O onte e o manhã dos seus lujos
O presente da sua gula e avaricia.
Nós nin donos de nós mesmos.
Que soio servimos para ser estatística
macroeconómica nunha cela de excel
dalgum funcionário que obvia o flujo circular da renda.
Filhos da Pena Moa eterna.
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