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domingo, maio 16, 2010

Galerna

Chegam nuves de galerna

Sementadas d’electrons

Alumeando naçons

Que sabem qu’estam em guerra.

Pr’òutros ficam mui longínquos

Raios, lôstregos e fogo,

Montes de gent’em acocho

Fugindo do ferro ambíguo.

Cai o sol na noit’escura,

Rompe nos telhados pátrios

Queima-s’a vida nos átrios

Nas almas qu’o fogo fura.

Chega a Prensa d’Ocidente

Pra dizer-vos quê pensar

Já podereis descansar

Os parvos, conformes sempre.

Quando morr’a carne viva

Chegan à cidad’os cans,

Lambem o sangue dos chans

Foçando na pel ferida.


Nom perguntes polas causas,

Se suspeitas qu’é negócio

Tira proveito, meu sócio,

Par’òutros se fai a farsa.

Marcham pr’òutra part’ os ventos

Regalando-nos a vida...

Ham-de voltar outro dia

E nós olvidados lá.

Um comentário:

O rumor do vento disse...

"Non preguntes polas causas se sospeitas que é negocio".

Ahí está a química da censura.

Moi bo