Aonde vades parar, caralho?
Camisola do Che Guevara
E’um cinseiro da velha Rússia,
Tedes discos na casa’a montes
Desses músicos alternatas
Que defendem os seus direitos
Com denúncias aos seus ouvintes,
(Que felizes e pós-modernos
Vos sentides hogano’e sempre!)
Vedes “moros”, “sudacas”, “putas”,
Onde nós entendemos “malta”
E sacades cartazes vários
Para mostra de vangardismo
Nesses actos tam bem montados
(Greves, berros, consignas, faixas...)
Camuflados de “gente progre”
Com disfarces de “roupas pobres”
(Quartos bem que custárom, hóstia!).
Umha máxima respeitades
-“Comunista’a los dieciocho”-
Polo tema do coraçom,
Mas se passam os anos moços,
Tem de vir o sentido’adulto.
Ha’estar todo no’armário, junto,
Numha caixa d’ideias raras
Doutro tempo distinto a’este,
Camisolas de muitas cores
E cinseiros ardentes (tantos!)
Colecçom dessas minhas cousas,
Mas do Eu d’hoj’em dia nom:
S’algum dia molesta cá,
Está todo na lista negra
Daquel eu que daquela fum
E do qu’hoje renego’e nego
Para’ardê-lo na Desmemória.
Um comentário:
The show must go on, querido Heutor, essa é a nossa é epoca e nesso consiste deica o próximo tempo histórico.
Postar um comentário