Andandas de grilos cantam esta noite para min
E estreitam o ceu com as nuvens cara ao rio
Um pouco mais e o ceu poderia caer-nos enriba
Da testa.
Neste espaço aos grilos falta-lhe o vinho e a cerveja
Para ver que as estrelas e as nuvens enriba se lhe venhem.
Numha insólita clarividência ao cam veu-lhe o entendemento
Para deijar de botar-se aos autocarros e o gando
E manhá nom haverá hecatombe em que celebrar sonhos
Feitos realidades por umha espêcie de... valor da vontade,
De atrevemento do cobarde que morre sem amor, every day,
Sem atrever-se a fechar os olhos e nom pensar mais, em nada.
Andanadas de grilos cantam e me acompanham á volta da ruada,
Amdanadas de grilos me cantam que estou errado nesta andanada.
Andanadas de grilos festejam umha outra vez que nom nos atrevemos,
Grilos que nom se detenhem, que nom calam, que nom param.
N-120 e... grilos que andam... andam... andam....
Um comentário:
Fantástico, encantou-me a última estrofe, e, sobretodo, o último verso:
"N-120 e... grilos que andam... andam... andam..."
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