O faro apagou-se,
Como hei de navegar esta noite?
Em que partida de naipes
Encalhará a minha balsa?
Que orações rezarei
Desde o meu leito hedonista
Á minha virgem Ataraxia?
Qual será o meu porto
Se o faro se pagou?
Em que calma izarei as velas
Quando o silêncio lostrega no horizonte?
Quando virás Ataraxia
Caminhando sobre as augas
Para afundir a minha barca?
quando calmará a treboada?
2 comentários:
Ese estado de ánimo é impagable. Sobre todo hoxe en día. Obrígannos a vivir a cen por hora e con ansiedade permanente. Tarde ou cedo ese modo de vida escacha, por dentro e por fora. Sociolóxica e vitalmente.
Gustoume, jorge.
A treboada passará e sobre as augas caminharám os sonhos, nós ficaremos sós, no fundo das augas, sem barca nem leito nem balsa nem naipes... só com a noite. Abraço
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