"É hora capitán, collamos rumbo
de cara o tempo que ficou no olvido,
ese espello de brétemas que ás veces
se ilumina no fondo da memoria
e fai brillar en lampos unha tarde
que nunca volverá. Pero está viva".
Avilés de Taramancos
Oh, capitám! Companheiro
dos días solheiros!
Parece que non há aranheiras
que calhem nas ruínas dessa nossa obra
-tecida com tudo o amor-
Essa que ficou a meio construir
sen saber se remataria em catedral
na que a berenguela repenicasse leda
anunciando novos albores de esprança.
Oh, capitám! Companheiro
dos días solheiros!
Agora soio queremos desempanhar
as brétemas,
ver o cristal transparente
de tam límpido e relocente,
esse que fora virando opaco
e tornando sem luz,
noite escura de alouminhos.
Oh, capitám! Companheiro
dos días solheiros!
Nom podemos ponher o foco
numha luz artificial
que alumee aqueles menceres
da máis candente luz do amor.
Essa já nom voltará. Pero está viva.
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