"O fillo da súa nai estaba morto,
groriosamente morto sobre un charco.
Tiña nos ollos vento. Preguntaba
cunha ollada azul de animal manso.
Xorxe, meu vello, meu eterno amigo,
dime no que estás pensando."
Celso Emilio Ferreiro,
Soldado (Longa noite de Pedra)
Estou olhando o
caminho irmão
E vendo como as
silvas o cruzarom
Dunha beira a
outra para os pés
Fartos da terra e
do silêncio esmacelado.
Mas aqui seguimos
e com nós vem
Um tempo de luta
ainda e de pranto,
E apagara-se
ainda outra vez
A bombilha que ti
prendes
Cada vez que da
tua boca (nunca cega)
Os versos vão e
venhem.
Ergue-se do val
unha inmensa brétema
E quixera desde esta
dura do Cabe ribeira
Ir ver o nome do
mundo em Celanova.
Ir ver ali o amor
que professam as moças
Aos homes de grandes
olhos
Aos nenos de
grande corpo:
Fol de ventos
muiñados cheio de sonhos...
Estou olhando o
tempo
Que mentres imos
andando
Nele ainda falam
os teus versos
E reça nos
altares, sacrifíca
Velhas de olhos
grises queimadas pola vida.
Eu che falo desta
beira
Com voz de burro
canso para aquela
E che digo, vello
amigo, no que estou pensando.
Que aínda pensar podemos
Que ainda falan os teus versos.
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