Pesquisar este blog

domingo, outubro 21, 2012

NA TERRA ENCANTADA


Colchom brando com o cometido
de partir-me as costas pelos cadrís,
de partir-me a ialma.
Impedir, noutro jeito, o descanso
que precisam meus miolos
ferventes e delirantes.

Chegou o día, 21-O,
e passou a romaria
eiquí e acolá.
Também em Chantada
foi día 21, de feira.

Merquei lá as flores
que hei cortar,
mestura do delírio
com um discurso racional
do que me sorprendo.

Ato cabos que decorrerom
pela ruta do románico,
pelo folióm dos bois.
Aferro-me agora a eles
pra sobreviver os tres,
quatro? vindouros anos.

Habitarei nas águas
dunha moura pra destecer
a lenda,
ficando na terra encantada.

Galiza, ti, oh terra, sempre!

Em voo de pajaro migratório
marcharám uns,
outras quedam (quedaremos?)
com o cravo do encantamento
no bico.

E chegará um dia de sol
entre dúas penas
no que topemos o tesouro:
descoberta de que o pobo
o é.



Dende aquel "Chantada, 26 de agosto do 2000", hoje desfago poços e nado gorguelejando pelo río abaixo...Sempre dixen que sou lenta em tudo, mais aos poucos, vou chegando ás desembocaduras!
Ogalhá também o meu país, algúm día...

Galiza, 21 de outubro do 2012.


Nenhum comentário: