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sexta-feira, junho 01, 2012

MAIO I





Maio que foi aló.
Maio que começou
en noites de aben-
çoada água lizgaira,
nom deixes os meus olhos
cegos das túas flores, do
teu verdor, do río que fluiu.

Esperarei deica o Maio
próximo se for preciso,
rebulirei nas túas nubens
cinzando a minha ialma
das túas arroutadas...

Mais trae-me o sol que um
día alumeou na túa verba,
que incendiou a minha estrela,
que me fixo sentir-me e
ver-te no reflexo do luar.

Maio das mapoulas belidas,
vermelhas pacendo na leira,
do amor, adormideiras, filtro
de pétalo mágico: prima-beira.



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