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quinta-feira, junho 21, 2012
SOLSTÍCIO DE VRAO
O sorriso da paz desprendida
arrinca das tebras habitadas,
amor eterno que acode nas
apertas que rodeiam sem cercar.
Nom posso ser quem nom sou,
mais sonhando-me na lumieira
que acende vossos olhos,
deito-me, durmo e descanso
mecida em batuxo de Caronte
na lagoa,
que me esperta na beira
dum outro novo día:
no de hoje, solstício de verám.
Ojalá o vrao fosse acto da potência.
Os paxaros cantariam doutro jeito,
os toxos em flor nom espinhariam.
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2 comentários:
Gustoume moito; sobor de todo a primeira e a última estrofa : voçe desprende uma "potente serenidade" que nasce da dor ;)
Beijo :*
Serenidade? Quasi calquera outro adjectivo sería máis acertado cá esse...De encarnar a serenidade a bo seguro que nom escribiría poesía...
;)
A dor, a dor...a de viver-se.
http://desmembro.blogspot.com.es/2006/10/dor-de-viver-me.html
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