Pesquisar este blog

terça-feira, agosto 28, 2012

ABELHA QUE NOM PRODUCE MEL


“Sen mel nom há quem bote fóra
o catarro.”


E agora que está perto o derradeiro día
começo a botar de menos
o que inda hoje me anda a amolar:
alouminhos que peiteam meus cabelos
ao pé dos meus cabeçais,
solpores andarengos nos que o ceo
arrosado dende o alto máis aló dos cabalos na finca
se fai lúa, crecente de ontem á mesma hora, hoje já chea.

Podería seguir pechando a mesma albariça
de ser colmeia bem colocada que nom derrama súa mel,
mais meus ouvidos som danados cos doces zumbidos que soam
e minha parva coita nom ajuda a que os sorrisos me fagam abelha leda.

É assim como há chegadas amargas que tornam em mel
tinguidas dun nostálgico berniz de morrinha cando se achega um outro momento.
Só espero que no seguinte retorno as fincas luçam desbroçadas
num atardecer de outono multicor,
em consonância co panel cheo de mel que será minha ialma.


Nenhum comentário: