“Sen mel
nom há quem bote fóra
o
catarro.”
E agora que está perto o derradeiro día
começo a botar de menos
o que inda hoje me anda a amolar:
alouminhos que peiteam meus cabelos
ao pé dos meus cabeçais,
solpores andarengos nos que o ceo
arrosado dende o alto máis aló dos cabalos na
finca
se fai lúa, crecente de ontem á mesma hora,
hoje já chea.
Podería seguir pechando a mesma albariça
de ser colmeia bem colocada que nom derrama súa
mel,
mais meus ouvidos som danados cos doces
zumbidos que soam
e minha parva coita nom ajuda a que os
sorrisos me fagam abelha leda.
É assim como há chegadas amargas que tornam em
mel
tinguidas dun nostálgico berniz de morrinha
cando se achega um outro momento.
Só espero que no seguinte retorno as fincas
luçam desbroçadas
num atardecer de outono multicor,
em consonância co panel cheo de mel que será
minha ialma.
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