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quinta-feira, agosto 02, 2012

TURRIS EBURNEA

E a Ermandina ficaria namorada de ti,
desse sorriso que che anega os beiços
i a cara toda cando falas com calquera
tratando tapar toda queimadura
que habitou na túa amarga pel.

A ela nom lhe fixo falha
saber de flores envenenadas
que nos correm inda á beira dos depósitos
pra ver no teu rosto umha mulher erguida,
dobregada até ao máximo inda com dor de costas.

Olho clínico cicais dos poucos que já quedam anteriores ao 36,
dos que a xente moderna de hoje nom reconhece nos teus olhos saltóns.

Ti mais eu de ter nado cem anos antes
seriamos libertaçom dos vicinhos co estraperlo,
pois o estómago já o tinhamos acostumado ás miudeças
que hoje podemos encher com doces donuts.
E as minhas mans que nom sabem moito de terra ençoufada,
som pela contra espuma feita com xabrom da casa no meio de água.
Poderiam lavar refaijos na manhá fría
alá no lavadoiro do fondo da Cortinha
onde seica também o facia minha madrinha.
 Porque o de refregar lixados alheios já o levo feito arreo,
sorte ou desgraça do meu histérico-histórico latexo.

N.B.: Também minha irmá tendeu (sem se cadra) moito máis cá mim e nom tem as manchas da tela inda atrancadas na pel que habita...Soio que uns som fortaleça e outras torre de marfil...Mais filhas dos mesmos olhos saltóns.

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