Somos carnes humanas,
eu ás vezes já nom sei
nem o que eu som,
loitando sempre por
reconstruir-me e
aprender-me, indo
ao melhor contra natura
da minha raíz, enterrada
aló no fondo dunha
perpetua noite escura
psicótica, herdada
dos que comerom
do cocho tolo que
só matarom no tempo,
nom antes, da matança.
Estamos tam longe
da própia carne.
E eu tam longe
das puntadas do
vestido da túa carne,
tola, de tam sabia,
que nom che chego
nem á altura dos zapatos.
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