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terça-feira, junho 05, 2012

SKÁRNIO

Hoje susbcrevo-me
amargo sonho vil,
esse que me enganou,
elevou-me ao acantilado
e aló no alto empurrou-me,
dum golpe seco,
ao baleiro.
PLLLLLAF!
HOSTIA!

E alá fum eu de pampa
sem ramalho ao que agarrar-me,
sem pedra contra a que esnafrar-me.
PLLLLLAF!
HOSTIA!


Porque 
nom era ninguém,
nom era nada.
Fora o meu eu 
máis o meu ego
fundidos nun suposto nós.
-E agora na gorja, nós-.
PLLLLLAF!
HOSTIA! 

O meu baleiro enchido por mim,
o meu baleiro, só, esfalcatrueiro,
com tal de nom afundir
para nadar na nada.
Por nadar na nada:
PLLLLLAF!
HOSTIA! 



Um comentário:

Evinha disse...

"Pois anda um tam rudamente eivado
que umha pinga de amor
é um río na linde do deserto"
Avilés de Taramancos