Seguem morrendo anacos
da leira gélida da minha ialma,
iceberg que se desintegra
tras um choque frontal,
deserto no que nom há
todoterreno que ande.
Inda que seja quem
de ver e olfactar
-comer se fosse vaca-
os pastiçais comunais
que nada tenhem a ver
co monte, senón coas
leiras verde tolémia,
nom há remache
que subsane a pota velha
nem zapateiro que remende
o calçado feito triças.
Quem sabe se túa foi
a culpa,
se ma inventei eu
mochila de ilusions falsamente
chea ou se nengum tambalear,
nada, é ao final definitivo?
Eu só sei que nom há já bágoas
que deixem de correr
nem espranças que
acendam lume pra quecer.
O único que há som, pois,
sentimentos velados
pra nom romper cabeças
nem dobregar dignidades
de mulher,
que sem querer ser já
-que máis da tudo-
só querem ser em prol das outras.
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