Que escribir, se nom tenho
conto que enfiar-che!
Que inventar, se nom
houbo mais verdade
que a que nom foi!
Convencida (a tramos)
de que nom podo
desandar o caminho
que vou facendo
-agás que houbera
umha outra luz
que alumasse,
entom si poderia
voltar atrás, coller-te
da mam e que guiases
o meu sendeiro-
debo seguir por
onde vou, inda sem
ter claro cal será
a luz que me estea
agardando, lá, no final
do túnel, na saída.
E se chegasse essa
túa mam pra tender-me
a palma da túa ajuda?
Deixaria cicais de
sonhar-te terribelmente
pra espertar-me na
amiçade da túa verba,
e recuperar a raçom
da minha conciência,
nesta noite, esvaecida.
Ogalhá chegue o día
dessa viagem na que
te achegues ás muralhas,
e haja um café no que
partilhando presença
no canto de verbas
que voam na virtualidade,
o baleiro descafeinado
seja o brio do meu caminhar,
eu, sosinha e leda,
sem ter que terribelmente
te sonhar.
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