Tempo tolo de anubrados
em julho e soles em
janeiro.
Inda com corpo de fêmia
já bem formada no tempo
choram as rulas
indefensas,
e as súas mais
arriman-lhe
o bico querendo consolar
as penas do voo que
levam,
murchas, sem saber a
onde.
No corredor, embaixo das
ramas,
após o voo, enrestro
alhos
ca mamaia depreendendo
das súas trençadas ao
tempo que me canta
janeiros
que acendam o mes sete.
“Colhe umha alha pro peto
e meigas fóra”-.
Ao final inda há de ser
verdade aquelo de que
levo
a inocência intacta. Nem
umha
mísera pena sem
desplumar.
N.B.: Pena:
(1) Cada um dos órgaos cutâneos que revestem o
corpo das aves; pluma: as penas do ouriolo som amarelas.
(2) Sofrimento, padecimento, afliçom, mágoa,
tristeza, desgosto: as penas do coraçom.
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