Nom posso falar
do centeo que hoje
abaneava nos prados
de Orbazai coa caída da
tarde,
das alpacas que enfeitarám
as nossas cántigas na
foliada
do torreiro de alcatrám,
da esprança que aluma
nos meus olhos no caminho
de volta e o medo que
me bate no coraçom
por deixar-vos atrás...
Tudo isso quixera con vós
agora partilhar, mais a
verba
que sae hoje é maça beliscada
que nom sei que impulso
me levou a engulipar,
a tuda présa, sem
pensar...
Delas quero comer a
feixes,
agatunhar por aquela árbore
no fondo da Cortinha
coa que medrei e também
sonhei...
O maxim dos sonhos
voltou-se
verde leira dunha ribeira
e do seu ribeirám.
E agora que posso falar,
vou simplesmente sonhar...
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;)
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