Vai moitos anos pelo día de hoje
partia um braço que seria co tempo
caminho de pedra pelo que pasearÍa.
Marchei enteira e cheguei partida.
Hoje co lombo menos arqueado
e sem espaldeiras nas que exercitar,
creban-me a miúdo as forças perdidas
sem saber da minha marcha nem partida.
Incertidume que se planta en mim
coma aquel braço de nena partido
que me freou máis tarde na barreira
de aquel despois que veu para quedar-se.
E hoje que? Marcharei enteira,
braços e rostos bem erguidos
sem saber a onde caminhar: ao abismo
ou ás praças dos meninhos loiros
que sem saber me ham de consolar.
E hoje pra mim:
Compostela, amor de água tardeira,
ribeira;
Lugo, amor de água ligeira,
muinheira.
Cunqueiro savía bem daquela Cantiga nova que se chama riveira...
31/05/2012, rememorando aqueloutro 31 de Maio
no que partira o braço cumha ducia de anos na cesta do salto...
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