Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
Sem ser semeado.
Alecrim, alecrim aos molhos
Por causa de ti
Choram os meus olhos.
Vento nas xestas em flor
que me abaneas,
fai-me colher a vassoira
e ir de a cabalo dos
mundos mágicos,
dos sonhos doces
feirados de çucre.
Aire que levas contigo
o polen do alecrín
fai que se pouse en min,
que os meus toxos
sejam flor dourada
que me faga relocir.
Quero que do poço
Mouro saia a moura
que me susurre
silandeira ao ouvido
os versos que estám
por recitar, cantigas
que se ham de cantar.
Orbazai, eu bem sei
que no teu chao a
grava fai-se pao,
alimenta a primavera
que foxe de min, que
o teu trigo seja flor
que me arrodeie de cor.
Pra escuridá já me
chega a arroutada
desta minha soedá,
senhardá que me
espanta, carro que
na Chá nom canta.
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