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quinta-feira, novembro 30, 2006

me embolo, me enrosco

Me embolo em cada volta de seu cabelo
elétrico
como seus olhos atentos aos meus mitérios
presa aos seus dentes longos que apertam minha carne
sobrevôo nossa cama
nada calma
emaranhada de risos ingênuos
e sussurros entorpecedores
surtamos juntos
entre pernas, braços, lua e sol
mundo de sombras sobrepostas que se engolem
à noite.
eu, sua mulher insana
você, meu menino.

Fernanda

quarta-feira, novembro 29, 2006

Segredo é solidão quando o pacto de amor ainda nem começou.Depois de anos, o secreto permanece à sombra, cheio de luz, é verdade, mas não queremos nunca dizer de todo o material estranho que nos corporifica.
Importa a vibração não estanque e que os beijos possam ressuscitar, a palavra tocante , um calorzinho para não anestesiar.
Que triste o amor que namora desperto , sabendo de todos os passos, toda história e todo cantinho suspirante do corpo amado-amante.
Já não resta nada, apenas pássaros engaiolados, dançando a monotonia dos ditos seres maduros.
Só peço a Deus que mantenha maldita a minha forma de amar. Me lance ao mar, sem salva- vidas, e que Yemanjá me traga um homem feito de coragem.

Carolina

terça-feira, novembro 28, 2006

Sementando a victoria

Estas verbas som nossas, esta boca, estes beizos.
Asi nos saen, vento que arremuinha as folhas secas,
Golpe mais forte que o da madeira verde
inardibel e inquentabel das carnes na lareira,
que non deixa medrala herba paridora do nosso leite.

Som nossas, asi saen, minhas e tuas.
Asi saen, do monte, do val, do mar...
Filhas nossas, froito das nossas fendas.
Ahi quedan, nas cinzas cara ó inmenso
cortadas polo manchete dos toxos verdes.

Ahi e asi quedan nossas verbas: queimadas, golpeadas!
Semente da pronta manha ceibe, do amencer dourado, da alba de gloria.


AMENCER
(a aure e iago, torturados e detidos polos invasores na noite do 22 ó 23 de novembro do 2006, simplemente por manifestarse en contra dos terroristas sionistas que exterminan ó pobo palestino.
PALESTINA E GALIZA VENCERÁN!!!)

domingo, novembro 26, 2006

Lover man

Um homem nasce no fundo do mar
E cresce sozinho, no limbo.
vive como um peixe solitário, pleno sujeito escondido nos corais.

Um dia alucina de tão denso ar marítimo,
o cristal de um corpo feminino.

A pérola faísca a calmaria,
um mergulho eterno no vazio.

Carolina

sexta-feira, novembro 24, 2006

Mr.black!!!

Os dias passam e as formas se transforman perante meus pontos de vista,
que te costuram a cada passo e olhar despercebido.
De forma simples e direta me entrego,
me jogo,
sem para quedas,
pois nao sou tapado,
de olhos vendados te sinto e procuro saber a textura de sua pele,
procuro a essencia de sua alma!
Intercalada a minha,
porem caminhamos sos,
em distintas metas,
que se desaguam num mesmo mar,
sua cama,nada calma.
Diga que me ama,
que meu peito inflama e pega fogo!
Que a chama sobe mais que a labareda do sol.
Intergalactico,frenetico,inexistivel,poetico,ludico porem cetico!
Te quero.Te tenho,mantenho,ate onde as vistas derem!!!
A poesia nao morre da noite pro dia,e sim em uma baldada de agua fria,
que antecipa os pezares da vida limitando os prazeres avidos.
Porém,crio asas a sentimentos certos,
para plainar em seu céu absoleto!
Sem duvidas,
sem dividas,
agora so importa a vida,
nossa vida!

terça-feira, novembro 21, 2006

NOITES DE LUA CHEIA

Aprisionei-me em teus olhos
Que pareciam com os meus
Parte da ilusão limão com mel,
Há pouco, esquecidos.
Deixados apenas, aos versos.

O muro que nos cercava
Consistia em narcisismo intelectual
Palavras bestas que nos escapolem
Racionalidade desprezível em lugar de sentimentos.

Velamo-nos agora, mortinhos
Um para o outro
Vejamo-nos desmascarados
Intrépidos em pensamentos
Não há com quem competir, está só.

Meu peito não mais te reclama
Nada quero, nem consolo.
As noites de lua cheia são apenas noites.

Gérbera, a partir do texto de Carolina, "Vivo em uma alcova..."

quarta-feira, novembro 15, 2006

Vivo em uma alcova de Deus
há muitas décadas.
Quando fiz dali minha morada,
um apelo ao desejo de pureza e assepsia,
eu incertamente sabia que meu nome desapareceria.

O corpo de mulher, aos poucos, cada dia,cada hora, mais flácido e sonolento.
Olhos esquecidos de um amor , tão vivo e intenso que agitavam a minha alma.
Não me lembro mais das noites de dama, do vinho, ou mesmo do hálito de qualquer homem que tenha sido.
Em algum lugar, eu fui uma mulher que queria,
Deixava rastros e perpetuava meu existir.

Na alcova, o remédio contra a dor
virou anestesia,
apagando tudo,
levando através do muro, o mundo.
Perdi a cor, de-cor.
Nem a loucura, me restou.
Nem o nada,
nem humanidade nenhuma,
Só Deus e os horrores desse encontro transparente.

Carolina

terça-feira, novembro 14, 2006

SOLO,POREM ACOMPANHADO
TRANQUILO D CONTEUDO AVIDO,
VEJO AS AVES,
VOAM
A SOS,TRANQUILAS
A PROCURA DE MIGRAÇOES
SAO
CORAÇOES A PROVA
A ALFORRA D UMA FARRA
A BARRA QUE SE DISSIPA
O MOMENTO QUE ANTECIPO
MINEIRO
MORENO

MARELO
MAGRELO
NO RIO!!!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Minha voz
Quer calar
Toda noite
Em ti
no cantinho suspenso:
suspiro - pensamento
Os nós de amor
ainda num Abraço só,
a origem do mundo

Carolina

quinta-feira, novembro 09, 2006

Luz ao sol
Às vezes, escondida
Deixa tudo
tão devagar
Tão vago


e a sombra permanente
Um pergaminho
toca
e esvazia novo nas cinzas do amor

Carolina

quarta-feira, novembro 08, 2006

Belas mentiras

Meus olhos não se arregalam mais com promessas não cumpridas
Nem me aperta o coração vê-las assim, esparsas ao vento.
Elas se mesclam às folhas do outono e somem no ar
Mentiras belas de se acreditar
As tristes poesias que lia para ver brotar-me o choro
Nada conseguem hoje. Nada me comove.
As delicadezas de teus versos foram reservadas ao passado.
Tão presente em mim e por isso recusado.
Teus ditos, não ditos, não me povoam mais.
Vejo, a cada pôr do sol, um pouco de ti que se vai.
Um pouco de ti que adormeço.
Durmo desabitando-me, tentando encontrá-lo.
Encontro minha fuga. Sempre fujo...
Às labaredas que me compõe despejo água fria.
Congelo minhas entregas e cuspo escritas de nós.


(Gérbera, a partir do último texto)

sábado, novembro 04, 2006

Lémbraste, os dous alí sentados oíndo mentiras,
Indiferentes ó automatismo daquela voz ninfrona,
Banhada a túa cara polo recen nacido lourenzo,
E eu cos ollos arregalados véndote durmir.

Acordas, aquelas guerras o redor a miña forma de pensar,
Aquelas poesías tristes, líalas con actitude sueca.
Os capiteis corintios que non quixeches ser.
E o bucle de Bécquer coma as follas de outono.

Os cigarros e cafés pagados con suspiros.
O éxtase de santa tareixa de Bernini.
Lémbraste, aquela promesa? Ti pintabas, eu escribía.
Todo na lista das promesas incumpridas, da morrinha dunha mentira.

Amencer

sexta-feira, novembro 03, 2006

À!!!Ne nao!!!

A duvida,a insegurança atenuam o desejo do ser
A vontade de se estar...
Facil julgar,dificil encorajar a se julgar...
Se jogar,ao precipicio sem para quedas.
Para apenas por penas aonde nao se tem asas.
Por onde vago,lhe busco,fodam-se as verdades.
O infinito é o caminho certo!
Cobranças?Cedo?Tarde?O que é o certo?
Ao certo que vc me acerta com palavras chaves,para abrir-me em alma e corpo
Segurando meu rubro copo!Me cubro e nao me retoco!Retoricas ideias!!!
Historicas!!!


Mr.

quinta-feira, novembro 02, 2006

"Eu sou o cara"

Desde de tempos, fico pensando
Quantas falsas qualidades atribuímos aos que amamos?...
Quanta responsabilidade despejamos em seus ombros...
Alguns têm ombros extremamente curtos, frágeis.
Quantos erros cometidos por utópica perfeição de nós mesmos.
Pena a buscarmos e exigi-la no outro.
Talvez seja mais simples.
Menos complicado que tentarmos nos mudar.
Melhor sermos isentos de exigências.
A culpa, o erro não estão em mim.
A culpa, o erro, a imperfeição são seus.
“Eu sou o cara”.


Fernanda