Pesquisar este blog

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Cidadaos do mundo e piratas do humano

A Jorge, Paula e Rafa, románticos dum mundo perdido
entre ananos, mesquinhos e ruído.

A cidade é umha congostra
que com cantos de sereia
condena aos Odieseus,
convertendo-os sempre,
sempre, em simples ilotas.

A cidade é um um nostoi impossível;
e a antiga comunhom fica apagada
numha fatigada natureza,
esperando contra toda esperança
esse um outro mundo (im)posível.

A cidade é um moínho,
um hórreo escangalhado
em que se moem as liberdades
e os sonhos som vaguidades
mercadas num hipermercado
a preço de saldo.

A cidade é o reino dos parasitas
no universo do salário estipulado
por meio dumha fé cega no contrato
e o livre comércio dos súbditos.

O Ser Humano cuinca na cidade
e os cidadaos refugiam-se no Medúlio,
esse monte imaginário
desmontado pedra a pedra
polos canteiros da barbárie e da miseria.

A cidade é templo.
A cidade é dogma.
A cidade é doença eterna.
A cidade é província
e cosmopaifoquismo
esquizofrénico.

A cidade cheira.
A cidade é esterqueira.
A cidade sem cidadaos, meus,
é-vos simplesmente umha MERDA.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Egolatrías VIII

Os teus xemidos:
MÚSICA
As túas mentiras:
vacina contra o meu amor.

Ataquei o mundo puritano con impertinencias
non preciso comprensión
só respecto.
Se me atacades contraatacarei
cos peitos nús nos vosos enterros.
Recordade:
só me defendo dunha labazada inmerecida.

Quito a roupa só para que te deleites
non podes tocarme
excítaste.
O bico do peito, para ti néctar.
É a lúa de Verne
unha e outra vez descuberta.

domingo, fevereiro 07, 2010

Invictus

"...It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul..."
William Ernest Henley

Os sonhos fam-se de barro e moldéam-se coma el.
Debújam-se coma o fume dos cigarros e navegam
tal barcos saídos ó vento da pipa de Gandalf.

Elevámo-nos sobre un terco esterqueiro
e também nos atoamos deica os jeonlhos,
Á vez, subimos e baixamos para purificarnos.

Eu quero ser carpinteiro da alma,
Tecelam do sono dos homes na incertidume da vida
e clarividente no neboeiro do medo no eterno retorno.

Eu quero ser
e á vez que quero nom ser sendo
máis alá de cada sentido silênço.

Navegam, em barcos de fume, na clarividencia
e vento do neboeiro deste tempo presente
carpinteiros da alma e das ansias.

Tomam o sol na terra
os caducifolios créndo-se eternos.


"Os pobres nom dessesperam,
pidem auxilio mas nom desesperam
a diferencia de nós"
Monja missioneira há anos no Haiti