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domingo, julho 01, 2007

se pudesse

Se pudesse te diria palavras tenras...

Palavras doces e apimentadas...

Se pudesse te diria que te amava...

Se quisesse te abraçaria

Dobraria-te como um origami

Quebraria tuas amarras

Seduziria teus anseios

Trancafiava seus amadorismos

Se pudesse te faria feliz...

Mas já que não posso

Desejo-te todo o carinho do mundo

Anseio-te todo o sucesso que procuras

Acha-te um estacionamento permitido


lupit - atendendo a pedidos

sexta-feira, junho 29, 2007

Reencontrados,
o mundo parez um totus revolutus
torrándose ó sol da fome
mas nom há praceres en queimarse
orfo de alouminhos e gabanças
imprecisas e confusas quando fam falha.

Há tempo que se perdeu
no imenso mare da relatividade,
das filosfias sem pracer e drogas,
dos infernos que se pagam com gosto.
O roce dos corpos murchou, insatisfaçao, preocupaçao...
Nao se cumprem as reglas do método cientifico
e a ecuaçao nao sae a flote.

Xurxocimadevila ( continua do texto de Fernanda "reencontro...")

quinta-feira, junho 28, 2007

3 cálices para o sonho
a curva, para o encontro
e o desejo?

efetuado na visibilidade do corpo
imanência fora do geográfico
justo para não se encerrar no espaço, ganhando abstração

nunca perder o desejo outrora oculto

faltou segurar as mãos
e tocar com a lingua outro céu que não seu

adormeceu, com Eros a seus pés

ulisses,em perigranações
e constantes partidas antes de chegadas

antes que ele se fosse mais uma vez
já tão próximo dos dedos
nao viu ela, que tambem partira
ele, in albis
e inalcançável, tal qual o termo num dicionário (1498 pgs)

ela cruzou a porta
a próprias perspectivas e as de Ulisses
que tocou tanto
e nao tocando nada foi tocado pela imprevisibilidade

quando ele veio, anunciava partidas

ela, para não ver partir Eros
traiu, mas não ao desejo:
adormeceu acordada
e por amor a nada ( aceitou Ulisses), teve Eros a seus pés

não.
Ulisses em seus propósitos
(e por princípios)
naõ perderia a si, nem se faria achar
por aquela que sem perambular pelos quatro cantos da Terra
tomou vinho com ele tão a beira do canaletto
que um cálice extra lhes afogaria

2 cálices para o sonho
a curva, para o encontro
e o desejo?

(que ele tivesse, mais que pressas e passaportes,
raizes e asas, a altivez e a benevolência que tem os cavalos)

tomando um cálice a menos, a beira da cama
antes que ele se fosse pelos quatro cantos da Terra.

juliana salo

sábado, junho 23, 2007

Acordei louca, confusa. Fiz-me abusada, desmedida.
Fui arranhada por palavras e
fiquei muda
retive delírios, tormenta
dei voltas,360º completos por vezes
pousei meu rosto em mim
e sorri ao ver-me partir, uma parte desvairada
e varada de fomes...
As 03:00 senti minha voz
outra vez branda, calma, alva
e com as pontas dos dedos
toquei minha audácia
reencontro...

Fernanda (segue o texto acordei rouca...)

quinta-feira, maio 31, 2007

Fere

A lâmina brilha cegando meus olhos
Por certo instante sinto-a rasgar-me a pele
Sinto o arder a carne e
o sangue escorrer assim, viscoso
talvez vermelho...
dói
vaza e amoleço
escorro pelo chão

evaporo

Fernanda (a partir do último texto de Camila)

sábado, março 17, 2007

     Os carros vão passando e reduzindo a velocidade enquanto elas se oferecem. Não há vitrine com iluminação calculada e o estranho ar impessoal que circunda os produtos expostos numa vitrine. Se alguém calculou a intensidade das luzes dos postes, é bem provável que não estivesse interessado em vender pares de seios, pares de coxas e olhos carregados de maquiagem, muito carregados.
     Quando a porta se abre, vários cheiros parecem se engalfinhar aos berros pelo ar. Mas são repentinamente interrompidos por faixos de luzes vermelhas que ao girarem em sua órbita circular interrompem o devaneio.
     A gritaria do momento da abordagem não é novidade nessa parte da cidade, onde mais uma vez se misturam o dinheiro, o sexo, o interesse e a sobrevivência.


Continua...



El Gran Cucaracho

segunda-feira, janeiro 29, 2007

QUANTOS HÁ POR AÍ?

O amor... ah, o que é este que nos faz suspirar
encher os pulmões de ar poluído, e sentir-se o mais saudável ser?
Que é este amor?
Amor que por mais estranho, ainda amor.
Quantos há por aí?
Quantos transitam pelo centro da cidade?
Às vezes tão distorcido e tão certinho...
Tão tudo ao mesmo tempo...
Será?
Fazemos tantas escolhas impróprias baseadas em tantos outros amores...
Que amor é este
que as vezes dói sim?
Que me faz sorrir a maior parte do tempo também?
Quantos dele cabem aqui dentro?
Quantas são suas formas?
Quantos resistem ao tempo?
Quantos resistem à distância?
Quantos resistem à sociedade?
Existe uma fórmula?
Talvez... o olhar.
Bem, para mim.

Fernanda (a partir do texto de Lupit)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

não, o amor não é bom se doer...

não, o amor só é bom se se libertar

sim, se libertar da própria cauda

sim, se descolar do próprio ego

não, o amor não segue regras

não, o amor só existe por uma simples troca

sim, uma simples troca de respeito mútuo

sim, só existe se for coerente...


Lupit
a partir do último post anônimo...