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terça-feira, julho 30, 2013
FAVA*
Vés de caminho
e passarás de ser fava diminuta
no universo matriz
a ser vara ergueita e bem chantada
seguindo as pegadas
dos que te ham colher da mam
pra trazer-te por este caminho
-umhas vezes alfombra de rosas,
outras silveiro de espinhas-
sendeiro caducifolio da existência.
Benvinda sejas, oh ti, criatura celeste
que chegas como umha bençom caida do céu.
E de ser este um salmo repetiriamos:
Benvinda sejas, oh ti, criatura celeste
que chegas como umha bençom caida do céu.
Orbazai, Sta. Marta do 2013.
*SOMOS FILHOS DA TERRA (1º desta série): FAVA
segunda-feira, julho 29, 2013
PORQUE SOMOS LIVRES/ESCRAVAS DE ALUCINAR...VIVA A BROA!
E talvez e sem eu sabelo
os efectos do "corneçuelo do centeo"
vinherom antes de eu probalo sequera...
...E a máis pura verdade era alucinógena
para quem nom queria vela.
Eu sem medo a nada,
disposta a todo
e abandeirada da liberdade mais absoluta
cortei um anaco de pam de broa
pra saborealo lentamente.
Mmmm, sabia-me
inda feito de umha semana atrás.
A punheta foi percatar-se de que tinha mofo
quando já o tinha na boca...
Amargou-me!
Mais ninguém me vai negar o formoso
que foi o processo de telo feito!
Viva a broa!
Porque somos livres/escravas de alucinar quando queiramos...soio que a perspectiva muda dependendo da beira dende a que miremos. Isso é o bonito e o jodido!
sábado, julho 27, 2013
LIBERDADE
E evito reproducir essas verbas
que cruçavam dumha beira a outra
pra que o poema nom leve nome
inda que a secçom de metais
me soe a festa,
música ao longe pola recta da Areosa
caminho de ida ou volta á casa, mesmamente.
Festa de verám
que podo evocar e ulir sem que tenha sido,
essas noites a trinta grados
e essas estrelas a arder no ceu,
cadro do horizonte pintado
com cheiro a herva seca á beira do caminho.
Maldito misticismo que cruçou verbas e olores remitentes
que nom levavam senom ao destinatário mundo.
Ilusa eu, ilusa estoutra
e aqueloutra dona de haikus paridos antes
de que o leite do leito derramara por riba súa.
Ilusas todas as que agora,
malia a dor que já foi,
erguemos a bandeira daquel pirata que Espronceda
pintou vento en popa.
I eu, que ás vezes quijera ser viajeira de trem
Alvia, saír voando esnaquiçada
e ficar na memória duns ferralhos
outras reconheço-me na sorte da vía paralela
e tenho vontade de cambiar os ríos
angostos e calmos de batuxos em desuso
polo ancho mar onde os piratas románticos
eram donos da sua marginalidade
na evassom da imensidade mais infinita:
o seu própio ser.
que cruçavam dumha beira a outra
pra que o poema nom leve nome
inda que a secçom de metais
me soe a festa,
música ao longe pola recta da Areosa
caminho de ida ou volta á casa, mesmamente.
Festa de verám
que podo evocar e ulir sem que tenha sido,
essas noites a trinta grados
e essas estrelas a arder no ceu,
cadro do horizonte pintado
com cheiro a herva seca á beira do caminho.
Maldito misticismo que cruçou verbas e olores remitentes
que nom levavam senom ao destinatário mundo.
Ilusa eu, ilusa estoutra
e aqueloutra dona de haikus paridos antes
de que o leite do leito derramara por riba súa.
Ilusas todas as que agora,
malia a dor que já foi,
erguemos a bandeira daquel pirata que Espronceda
pintou vento en popa.
I eu, que ás vezes quijera ser viajeira de trem
Alvia, saír voando esnaquiçada
e ficar na memória duns ferralhos
outras reconheço-me na sorte da vía paralela
e tenho vontade de cambiar os ríos
angostos e calmos de batuxos em desuso
polo ancho mar onde os piratas románticos
eram donos da sua marginalidade
na evassom da imensidade mais infinita:
o seu própio ser.
sábado, julho 06, 2013
LAVAR A GORJA E MAILOS RECORDOS
"Minha Santa Margarida
minha Margarida santa,
a auga da tua fonte
lavou-me a minha garganta"
Nom sei se Santa Margarida
é um parque ou um nome,
se polas ruas de algumha cidade
circulam carros ou recordos.
Como é posível ter tam mala memória
e tantos sentimentos evocadores
de recordos que nom som senom esta mesma?
Como é que se construem
as novas rutas
dumha mesma urbe
onde desfolhaches a flor da margarida?
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